terça-feira, 3 de março de 2015

Bijouteria, O Que É?


Costume Jewelry, Bijou de Fantasie, Bigiotteria, Bisuteria, Modeschmuck...Bijuteria.
A princípio imitação, ramo de ourivesaria ou joalheria, cuja matéria-prima era limitada às ligas metálicas semelhantes a ouro e prata, pedras semipreciosas, miçangas, contas e pérolas de vidro ou resinas para elaborar as chamadas peças de fantasia.
Com o passar do tempo criou personalidade própria, constituindo acessório corporal que evidencia  conceitos, criatividade e permite voos mais longos que na custosa joalheria convencional.


Povos em tempos remotos expressavam suas crenças e costumes através da fabricação de artefatos e enfeites  para o corpo, apesar de indígenas não se considerarem  artistas,  incorporando a arte no cotidiano como um fator adicional na rotina.
Pintar o corpo é uma das formas mais antigas de adorno pessoal, diferenciando a diversidade das  tribos, mantendo alguns aspectos primitivos  na moderna maquiagem visagista ou  nas  tatuagens.
Indígenas e raças ancestrais usavam corantes naturais extraídos da natureza; madeira, dentes de animais, cipós, cascas de frutos, sementes plumas e outros materiais oferecidos pela terra.


 Estes adornos datam até de 40.000 anos atrás, sendo comum a deformação do corpo pelo uso de tais acessórios. Mantemos uma correlação interessante com estas práticas nos atuais piercings, embora tribos isoladas ainda mantenham hábitos ancestrais como na Tailândia ( mulheres girafas).
Mais recentes, em torno de 7000 anos surgiram as primeiras peças em cobre.
Nestas sociedades jóias  representavam mais que enfeites associados à conceitos místicos, utilizadas  frequentemente por pagés, sacerdotes e devotos como talismãs ou peças dotadas de poderes mágicos,da mesma forma adornos  diferenciando castas e classes sociais.

Crianças eram protegidas contra maus espíritos com talismãs, adultos usavam para conseguir bravura, proteção contra inimigos ou sorte no amor.
Destas crenças  conservamos  o apego à peças na forma de trevo, estrela, coração, animais, símbolos e no uso de cristais e pedras específicas.
Além do material encontrado naturalmente como metais, pedras preciosas, âmbar e pérolas atualmente existe  grande aceitação para peças de  resinas sintéticas e vidro. Este  material  era muito usado pelos antigos egípcios que aproveitavam a gama variada de vidros coloridos  para satisfazer a necessidade de diversidade na  interpretação dos desígnios ou  simbolismos religiosos.
Durante séculos, adornos ou joias de materiais nobres eram privilégio de homens e mulheres de altos níveis sociais e  poder econômico, entretanto a revolução industrial modificou este cenário.
Utilizando materiais de menor custo e desenhos inovadores, produziu-se a detalhada e intrincada Art Noveau que atendia clientela ainda abastada, porém menos nobre.

Mulheres da década de vinte raramente eram vistas sem acessórios, os enfeites incluindo obrigatoriamente chapéus e luvas. Frequentes eram os broches, camafeus, colares pequenos e anéis.
Passada a Primeira grande Guerra Mundial surgiu estilo mais sóbrio, novas técnicas e materiais.
A  arte  de criar adornos populares e acessíveis  tomou  impulso  definitivo após a Segunda Grande Guerra Mundial.
Dos anos 40 até os anos 70 a bijuteria, cujo termo se originou do francês bijouterie (jóia) explodiu em variedade de formas, cores e materiais, destacando-se brincos grandes e coloridos.

As proporções, cores e formas aumentaram na transição entre os anos 70 e 90.
Atualmente a indústria fashion usando de modernos recursos fornece dentro das  mais variadas tendências, modernizando e reproduzindo acessórios e artefatos das diferentes  épocas da nossa cultura.


Imagens: Bijuteria de Elisabeth Casagrande; estatueta de marfim usada para magia e colar de dentes caninos de carnívoro - geopédia; mulher girafa de Northern Hill tribe por Ana Marie; broche vintage com filigranas em prata  pedras de vidro coloridas - década de 20;

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